Todos temos vindo a assistir a uma inusitada violência nas noites do Porto. Não uma qualquer violência urbana. Uma violência dirigida, sectorizada, só possível na ausência de um controlo efectivo da segurança, por parte de quem tem o dever de a assegurar. As policias!
Uma violência inexplicável. Ou talvez não...
Por razões mal explicadas as policias não intervinham, os processos não andavam, arguidos não existiam, embora suspeitos, pelo que se dizia, fossem mais que muitos.
Perante tamanha inoperância , viu-se a Procuradoria Geral da República obrigada a vir à luta por forma a garantir a todos nós que o crime não compensa, porque não compensa mesmo!
Face a esta intervenção , consubstanciada na nomeação de uma equipa especial dirigida por uma grande Procuradora, com quem há anos tive o prazer de trabalhar na Comarca de Torres Novas - e a quem daqui cumprimento - a Drª Helena Fazenda, aqui d'el-rei .
Ingerência, gritam uns.
Humilhação, protestam outros.
Demissão, ameaçam ainda alguns.
Bom, que o façam. É que, só agora e face à nomeação de tal equipa, em menos de 48h00 existem 6 detidos, 30 acções de busca a residências, e o mais que se verá.
A segurança de todos nós não pode compadecer-se com equívocos , com charadas ou com o vazio. A nossa segurança não pode depender sempre da intervenção da Procuradoria Geral da República ou da constituição de equipas especiais para fazerem aquilo que às policias cabe.
Ficou aqui claro que se foi possível às policias lançarem em 48h00 uma operação desta envergadura é porque já dispunham de elementos suficientes para tal.
A ser assim, porque não intervieram anteriormente?
Parece , pois, que as laboriosas gentes do Porto poderão passar um Natal mais sossegado. É o que se deseja. Para eles e para todos vós.
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